MUDA DE VIDA!
Cada vez há mais pessoas a ler livros que as aconselham a meditar, a apelar para o sobrenatural nas suas diversas formas, com o firme intuito de deixarem de sentir a dor ou a insatisfação das suas vidas.
Para esses, deixem-me dizer isto: meditar está certo, ajuda a recentrar. Mas melhor que tudo é abandonar a vida que não nos faz feliz.
Mesmo que doa, mesmo que se pague um preço, ao deixar para trás uma rotina familiar ou profissional ( e há sempre custos, em tudo isto), não há nada melhor do voltar a estar ao volante do seu destino.
Para os que acham que se calhar não é preciso, que mais tarde... talvez, aqui ficam as flash news: Em breve vamos estar mortos. Todos. O que nos vai separar é saber quem viveu o seu destino atá ao tutano.
13 comentários:
Um breve texto que resume muito bem aquele que deveria ser o nosso propósito enquanto cá andamos: viver o destino até ao tutano.
Arrepiante. Porque certeiro.
este texto fez-me recordar o poema de tennyson (ulysse)no filme "o club dos poetas mortos". é, talvez seja mesmo assim.
Nem todos vamos estar mortos...
É mais-ou-menos essa a ideia que tento - há anos!! - passar às pessoas de quem gosto, mas parece que todas elas fazem orelhas moucas. Quase a perder a esperança, descubro que há mais alguém que pensa assim. Obrigada!
totalmente de acordo! prá semana mudo de vida!
hmmmm, dava-me mais jeito em Dezembro depois de receber o subsídio...
absolutamente de acordo... mas quando tudo falha sistemáticamente, é complicado:)
mas hoje é outro dia !!
xi
maria de são pedro
Há gente que anda tão entretida com as teorias dos livros que se esquece do que importa... Viver.
Divulgação descarada de algo que nada que ver com este post:
http://mexicoantigo.blogspot.com/
Uma ou duas palavras mais:
Maria de S.P., toda a razão. Quando tudo falha, temos de nos virar para alguma coisa. E nesse sentido, tudo é válido, desde que não se perca de vista estarmos perante um momento de recuperação de fôlego e não num ponto de chegada.
Animal... compreendo a posição... Mas faz-me pensar no ensino universitário, não sei porquê. Talvez a ideia de amanhã poder lançar a revolução das ideias, exemplificar sendo... se ainda houver amanhã. Se o dia amanhecer de sol, claro ;)
as mudanças metem medo. a maior parte das pessoas fecham os olhos e tapam os ouvidos para evitar sequer que lhes passe na cabeça que mudar está nas mãos delas. enquanto não acreditarem nisso não se sentem obrigadas a mudar. porque se estiver nas mãos delas, a responsabilidade da sua própria vida só a si pode ser atribuída.
Caro P.C., essa do ensino universitário... é exactamente dessa vida que me quero ver livre! com o passar dos anos vejo cada vez mais turmas (turbas?) de acéfalos iletrados excitadíssimos com as praxes e as perspectivas de um coma alcoólico nas próximas noitadas. o prazer do estudo, do debate, da aprendizagem, esvaiu-se pelo esgoto mediático; conceitos de cidadania? isso vem em que página? sai no teste? investigação é picar umas cenas na wikipédia, imprimir, plastificar e entregar ao profe...
há excepções, felizmente, e é sempre com a fé de que este ano vou ter dois ou três alunos que justifiquem o meu trabalho que me vou arrastando para as aulas. mas o único retorno tem sido o chequezito no fim do mês.
já tentei lançar ideias nos meus auditórios: tirando um ou outro que reage com um brilhozinho nos olhos, os restantes tiram apontamentos freneticamente e depois despejam as minhas frases inflamadas nos testes, esperançados que ali esteja a resposta para a caracterização da sociedade neolítica ou para a explicação da importância do artefacto no desenvolvimento social e intelectual do homo-sapiens...
...ah, dos tais que reagem como brilhozinho nos olhos, tenho o prazer e o privilégio de os ter como bons amigos que, passados 5, 10, 15 anos de me terem aturado, ainda me enviam mails, telefonam e até convidam para casa deles (e delas)!
é só por isso que fico na dúvida se quero mesmo mudar de vida. penso que, humildemente, também já contribuí para fazer a diferença nalgumas vidas.
mas um gajo é ambicioso...
Sábias palavras. Obrigado.
Enviar um comentário